inovação tecnológica em AU

a inovação em Arquitetura e Urbanismo não está na dominação de uma tecnologia sobre outras, ditas obsoletas ou atrasadas, mas em considerar socioambientalmente a tecnologia. Daí a tecnologia abrange os processos pelos quais se dão sua produção e sua reprodução (noutras palavras: sua invenção, sua recepção, sua apropriação, sua aplicação, sua legitimação, sua disseminação, seus impactos, sua circularidade…), indissociáveis, por sua vez, dos processos criativos, propositivos e executivos que nos são próprios, mas não exclusivos. Não há uma tecnologia que, aplicada a uma porção e a um grupo, não represente impactos sobre todo o território e a vida de todos. Não há tecnologia que não revele e reproduza - e possa, portanto, fissurar - relações de poder, bem como valores relativos àqueles direitos (ao meio ambiente, à terra, à água, à cidade, à moradia, à memória, ao cotidiano, à vida…), e aos modos - inseparáveis de defini-los e de agir para conquistá-los. Uma e qualquer tecnologia não é neutra, mas simultaneamente ambiental e social - socioambiental. Nesse sentido, a inovação não está na dominação de uma tecnologia sobre outras, ditas obsoletas ou atrasadas, mas em considerar, assim, socioambientalmente, a tecnologia. Daí se associar, aqui, a tecnologia aos processos pelos quais se dão sua produção e sua reprodução (noutras palavras: sua invenção, sua recepção, sua apropriação, sua aplicação, sua legitimação, sua disseminação, seus impactos, sua circularidade…) na Arquitetura e Urbanismo, indissociáveis, por sua vez, dos processos criativos, propositivos e executivos que nos são próprios, mas não exclusivos.