Ocupação Esperança

As ocupações Esperança, Helena Grego, Rosa Leão e Vitória compõem a chamada Região da Izidora, localizada em vetor de expansão urbana de Belo Horizonte que vem recebendo vultuosos investimentos públicos: a Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais, a Linha Verde, a transformação do Aeroporto de Confins em terminal industrial. A região foi ocupada em 2013 pelas ocupações Esperança, Rosa Leão e Vitória e atualmente ela é palco do conflito fundiário que envolve as cerca de 6.000 famílias moradoras, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e a empresa Direcional Engenharia. Estas últimas são parceiras em um empreendimento imobiliário, a ser construído no terreno onde estão as ocupações Vitória e Esperança, conhecido como Granja Werneck. A Região da Izidora é também conhecida como Granja Werneck. Entretanto, a Granja Werneck é uma parte dessa Região, que abrange parte do terreno onde se encontram as ocupações Esperança e Vitória.

O território dessas ocupações é autoproduzido. Os moradores organizam-se para traçar lotes, quadras e ruas, para definir espaços destinados a equipamentos (em geral centro comunitário, mas também igreja, ou creche, ou ainda horta comunitária), para prover o abastecimento de água (captação direta) e de energia (o denominado gato), a coleta de esgoto (a céu aberto ou por meio de fossas), a coleta de lixo (manual, sendo o lixo transportado para caçambas ou terrenos situados nas proximidades das ruas de acesso, onde há o serviço público de coleta), e para construir suas próprias casas (em geral em alvenaria, com uso de material reaproveitado). Fazem tudo isso usando seus próprios recursos e em processo de negociação interna e externa, sob pressão econômica e política extrema.

  • 2019

    A primeira oportunidade na Ocupação Esperança de acompanhar e sistematizar o modo de autoprodução do espaço ocorreu a partir da demanda pela construção de uma igreja.

  • 2018

    Utilização de narrativas dos próprios moradores como mecanismo para identificação dos princípios da autoprodução que refere-se à ação direta dos moradores em seu próprio espaço, resistindo, pela ação, à exclusão territorial.

  • 2017

    O LSE (levantamento socioespacial) foi desenvolvido no segundo semestre de 2017, com foco nos moradores mais antigos da Ocupação Esperança.

  • 2016

    Mesa de diálogo e negociação permanente com ocupações urbanas e rurais e outros grupos envolvidos em conflitos socioambientais fundiários.

  • 2015

    o dia 31 de Março aconteceu o assassinato de Manuel Ramos e Bahia, um dos membros das lideranças.As famílias das Ocupações realizando manifestação na porta da Prefeitura de Belo Horizonte, para exigir do Poder Público uma postura face aos processos de negociação que envolvem o futuro das ocupações.

  • 2014

    Em fevereiro aconteceu um acampamento das ocupações na Avenida Afonso Pena e na Prefeitura com o objetivo de conseguir uma renegociação.

  • 2013

    O início da ocupação Esperança aconteceu em Junho, e em Agosto a Prefeitura de Belo Horizonte tomou iniciativas de despejo.